Na madrugada que antecede o primeiro turno das eleições 2010, estou sentada em frente ao computador sem conseguir dormir. Há dias estou com o coração apertado e em meio a minha indignação, fiquei pensando na importância do que está acontecendo neste país e na atitude que a população tem em relação a isso.
Enquanto eu não escrevesse, provavelmente não me sentiria no meu papel de cidadã consciente, tentando ao menos alertar as pessoas, ou alertar a mim mesma o que deve ser feito e como deve ser encarada essa votação.
Sou jornalista e como tal, sei que não deveria expor tanto minha opinião, mas não me importo. Minha vontade é gritar a minha revolta, indignação e nojo com tanto absurdo. Protituta, dançarina, cantor, palhaço, pessoas sem preparo que não sabem para onde vão, o que dizem e o que farão... não gosto de rotular pessoas, mas cada um deve fazer ao que se propõe e posso dizer que as coisas estão descaradas na política brasileira, afinal quem se candidata, praticamente deixa claro que está ali para fazer número e para tentar ganhar um dinheirinho fácil, às custas da ignorância do povo.
Posso estar cometendo uma grande injustiça, mas estou com medo daquela candidata, apoiada pelo nosso atual presidente e que fez plástica, vencer as eleições... alguém já parou para pensar que ela está ali somente de enfeite? Para mim, ela é uma boneca manipulada e através dela virá uma ditadura, ou algo parecido com isso e aí, quando a situação piorar eu quero ver quem vai ter coragem para levantar, bater no peito e ir às ruas, pedindo impeachment.
Quero apostar em algo novo, em uma mulher batalhadora, que tem história, consciência e luta pelo meio ambiente, alguém preparada para lutar pelas necessidades do povo. Posso estar enganada, mas creio que essa candidata, a senhora Green, merece uma chance e é nela que eu votarei. Caso ela não vá para o segundo turno, eu votarei naquele candidato da direita, aquele mesmo, o que parece com o Sr. Burns dos Simpsons, pelo menos esse eu conheço e sei que não deixará o Brasil entrar em uma crise, muito menos em uma forte censura e a saúde estará em boas mãos.
Mayara Vellardi Pinheiro
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