76 quilos off em um ano e uma nova vida cheia de expectativas e motivação!



Meu marido Wilson levava uma vida desregrada e cheia de abusos. Comia potes de sorvete, tomava refrigerante em todas as refeições, comia quantidades enormes de alimentos calóricos, fumava, ingeria bebidas alcoólicas aos finais de semana, era sedentário, enfim, uma bomba relógio a ponto de explodir.

Ele não pensava em mudar de vida, mas sentia-se muito mal com sua situação, inclusive tinha depressão. Seguiu assim durante muitos anos, até que, em um belo dia, tomou um susto e foi parar no pronto socorro sentindo-se muito mal. Era a sua saúde começando a dar sinais de que não estava bem. Então, conversando com os médicos, eles indicaram a cirurgia bariátrica.

Após pensar, repensar e imaginar como poderia ser sua vida dali em diante, tomou uma decisão que mudaria não apenas, sua vida, sua saúde, mas também a vida de todos que conviviam com ele.

Fiquei chocada, no início fui contra a cirurgia, eu achava que daríamos um outro jeito, que ele poderia tentar fazer exercícios e se alimentar de forma regrada.

Ele até aceitou o que eu falei e quando íamos começar a procurar uma academia e nos alimentarmos corretamente (porque eu sempre tive problemas com alimentação também), fiz algo, que realmente mudou a decisão dele. Eu cheguei do serviço à noite, cansada e falei, vou pedir uma pizza, deixa a academia para a gente ver outro dia.

A partir desse momento, ele falou para mim: - Chega! Isso não vai mudar nunca! Eu vou operar e pronto, está decidido.

Eu tentei persuadi-lo de várias formas, mas nada tirou essa ideia da cabeça dele, então, mesmo me sentindo culpada e achando que a cirurgia poderia dar errado, tive que apoiá-lo.

Comecei a ler sobre a cirurgia, pesquisar como era a recuperação física e psicológica. O acompanhei na consulta médica e na palestra que os médicos ministram para um grupo de interessados na cirurgia. Enfim, mergulhei no mundo dele.

Os meses se passaram rapidamente, ele realizou os exames, começou as sessões com psicólogo, nutricionista e conseguiu a tão esperada aprovação do convênio.
Ele queria marcar a cirurgia para o mês de dezembro de 2014, mas ainda consegui convencê-lo de marcar para janeiro, pois assim, ele poderia comer e se esbaldar nas festas de final de ano.

Nós conversávamos muito e ele sempre mostrou muita segurança sobre a sua decisão em relação ao procedimento cirúrgico. Ele tinha muitas dores nos joelhos e nas costas o impossibilitando de praticar esportes, sentia muita fome e quando ingeria menores quantidades de alimentos, passava mal e tinha dores fortes de cabeça, além disso, também não conseguia parar de fumar, já tinha tentado parar várias vezes, mas todas em vão. E sem contar, que sabendo que poderia cometer abusos aos finais de semana, não dispensaria a cervejinha, a caipirinha, o churrasco e tudo o que acompanha isso.

Suas justificativas foram muito plausíveis, além disso, sua pressão já estava ficando alta, sua tendência a diabetes já era uma ameaça e seus problemas de estômago, apneia do sono, joelho e coluna estavam incomodando muito.

Finalmente marcou a cirurgia para o dia 07 de janeiro de 2015, fumou seu último cigarro no dia 06 de janeiro, comeu, bebeu e abusou pela última vez no dia 01 de janeiro. Após aquele dia, sua vida se transformou em algo que nem ele poderia imaginar como seria.

A cirurgia correu bem e sua recuperação foi tranquila sem nenhuma complicação. O tipo de cirurgia escolhido foi: sleeve, considerado menos agressivo. Ofereceram a ele duas opções: sleeve e bypass. Saiba mais sobre os tipos de cirurgia no final do texto.*

Aproximadamente ficou tomando líquidos em um copinho de café de quinze em quinze minutos por uns dez dias. Depois entrou na parte pastosa da dieta, então começou a ingerir sopinhas coadas na mesma medida do copinho de café, por mais uns vinte e poucos dias.

Após um período aproximado de 40 ou 45 dias, começou a se alimentar com sólidos. Em dois meses após a cirurgia conseguia comer 100 gramas em suas refeições e foi aumentando gradativamente.

Quatro meses após a cirurgia foi liberado para praticar exercícios físicos, então começou a academia, aonde pegou gosto pelo esporte e o mantém até hoje.

Nove, dez meses após a cirurgia já estava comendo entre 300 e 400 gramas em cada refeição. Sempre se alimentando de três em três horas. Mantendo esses hábitos até hoje.   

Teve alguns probleminhas no meio do caminho, chegou a um ponto que estava perdendo peso demais e precisou de um acompanhamento de um nutricionista esportivo para alterar sua alimentação, então começou a ingerir suplementos para desenvolver seus músculos e tentar ficar com o mínimo de pele caída.

Durante esses meses, teve um período que precisou trocar de academia, pois estava fazendo os exercícios de forma que estavam prejudicando sua coluna. Então, teve que fazer fisioterapia e depois encontrou um local muito bacana, onde está muito satisfeito.

Além de tudo isso, fez exames e descobriu que sua testosterona estava abaixo do normal, então começou a repor e agora sente-se melhor. 

Depois de tudo resolvido, ele continua se cuidando mais e mais! Ao todo, em um ano, ele eliminou 76 quilos!

E ao longo desses meses, meu marido que sempre gostou de cozinhar, mas sempre coisas muito calóricas, mudou de hábito e começou a se empenhar em receitinhas saudáveis e gostosas e eu posso dizer com todas as palavras que, ele mudou a minha vida, pois comecei a me alimentar de forma mais correta, a optar por refeições mais saudáveis e emagreci bastante, mas a minha história é bem diferente...

Quer saber sobre a minha superação? Acesse meus outros textos e entenda como estou batalhando para vencer minha compulsão alimentar:

http://informacaoexpressa.blogspot.com.br/p/fotos.html

*Para entender a história completa, leia todas as postagens em:

*Quer visualizar as fotos das transformações minhas e do meu marido? Acesse:


*Abaixo, seguem alguns esclarecimentos sobre os tipos de cirurgia que vêm sendo aplicados ultimamente aqui no Brasil. De qualquer forma, consulte seu médico para saber qual o método mais indicado no seu caso, pois cada situação deve ser individualmente tratada. As informações abaixo foram retiradas do site: http://www.drthalesdelmondes.com.br/principais-diferencas-entre-os-tipos-de-cirurgia-bariatrica/

Os tipos de cirurgia que são realizadas atualmente no Brasil e aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariatrica e Metabólica (SBCBM) são quatro: Banda Gástrica Ajustável (BGA)Gastrectomia Vertical (Sleeve Gastrectomy)Bypass Gástico em Y de Roux ou Fobi Capella, e a Derivação Biliopancreática.

Banda Gástrica Ajustável (BGA) é o procedimento onde não há corte no estômago, uma cinta é colocada na parte superior do estômago. Como esta banda ou cinta dificulta a passagem do alimento, o paciente não consegue comer muito. A perda de peso geralmente fica em 20% a 30% do peso inicial.

Na Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrectomy, o estômago é reduzido em torno de 70% do seu tamanho. Ele é transformado em um tubo. Nesta cirurgia, a maior parte do estômago é retirada e é essa parte retirada a principal produtora da Grelina, conhecida como o hormônio da fome, sendo mais um mecanismo para contribuir na perda de peso. O intestino é mantido intacto, e os nutrientes são absorvidos normalmente. O paciente perde cerda de 30 a 40% do peso inicial.

O procedimento Bypass Gástrico em Y de Roux ou Fobi Capella é o mais utilizado no país hoje em dia. Perde-se em torno de 40% do peso inicial, pois duas técnicas se associam: a restrição do consumo de alimentos e desvio intestinal (conhecido como desabsorção). Através de um aparelho, grampeador, o estômago é grampeado e cortado, sendo dividido em duas partes. A menor porção do estômago, por onde continua passando o alimento é unida ao intestino após o seu desvio. A parte maior, também denominada estômago excluso, continua com aterias, veias, nervos, por isso não necrosa nem morre, mas deixa de receber e armazenar o alimento. Mas continua produzindo suco gástrico.

No Bypass gástrico em Y de Roux também é feito um desvio do intestino, que
toma a forma de um Y, por isso seu nome, sedo uma de suas extremidades superiores grampeada ao novo estômago como explicamos acima e a outra extremidade superior continua ligada ao estômago excluso.

No procedimento de Derivação Biliopancreática Duodenal Switch, são utilizadas as técnicas de restrição e disabsorção. Além de diminuir o tamanho do estômago para uns 200 ml, boa parte do intestino é desviada. É a cirurgia bariátrica que mais faz perder peso.


Todas essas cirurgias citadas acima são regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Para recorrer a qualquer uma delas é necessário realizar uma bateria de exames, e só assim o cirurgião gástrico poderá indicar qual a melhor opção para cada paciente. É aconselhável seguir todas as recomendações antes de iniciar qualquer um dos procedimentos explicados acima.

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