*Por: Mayara Vellardi
Mal o dia amanheceu e tivemos altas aventuras na minha casa, daquelas bem típicas de interior! Eu estava no quarto e ouvi barulhos estranhos, algo semelhante a gritos, grunhidos, cacarejos, latidos, rosnadas ou talvez um pedido de socorro de um animalzinho indefeso, não sei definir até agora.
Corri para o quintal e vi que minha cachorra estava encurralando
um franguinho. Esse lindo bichinho, até agora não sei como, apareceu
misteriosamente dentro do meu quintal e estava desesperado, enfiando o pescoço
na grade do portãozinho, enquanto a cachorra o cercava e tentava arrancar suas
penas.
Gritei com a catiorra
para que parasse. Ela é muito obediente, mas também tem um forte instinto de
caçadora, por isso, ficava em dúvida. Então, ora tentava abocanhar o frango, ora parava, me
olhava e chorava. Consegui pegá-la pela coleira e trancar o portão do outro
lado, deixando-a presa na frente da casa.
Enquanto isso, o franguinho
continuava entre as laterais e o fundo. Foi aí que eu, minha filha e meu marido
fizemos uma força tarefa para resgatar o bendito franguinho indefeso! Por sorte, toda
gritaria e barulheira não acordaram o meu bebê que estava no berço. Portanto, até ele
colaborou com a nossa missão, tirando um belo cochilo! Ufa!
Nessa confusão, perdemos o
animalzinho no quintal, então decidimos soltar a cachorrona para encontrar o bendito
e assim podermos soltá-lo. Ela farejou a churrasqueira - bela ironia esse
esconderijo - e puxou a pobre ave pelas penas do rabo. Rapidamente, meu marido a segurou e o
frango foi para o meio do mato.
Porém, logo meu marido conseguiu afugentá-lo
para o corredor lateral. Abri o portãozinho e o portão da frente da casa
e minha filha veio na direção do bichinho para enxotá-lo para a rua, mas ele
se assustou e se escondeu embaixo do carro.
Como a cachorra estava trancada no fundo,
pensando que o frangolino
estava no meio do mato, ela continuou sua caçada homérica por lá mesmo. Assim ficamos mais
tranquilos para cobrir a fuga do bichinho!
Dando continuidade aos trabalhos, minha filha cercou o frango de um
lado, eu o cerquei pelo outro lado do carro e meu marido foi dando ré em direção à
rua, bem devagarzinho. O franguinho foi indo embora, seguindo o carro, como se fosse um escudo que o protegesse.
De vez em quando, ele ainda tentava voltar para dentro de casa, mas nós o cercávamos para garantir que ele realmente fosse embora! Finalmente, o plano deu
certo e o frangolino
teve sua tão esperada liberdade! Pelo menos por hoje, o pequeno animal se livrou da
cachorra, da panela e da churrasqueira.
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