Os tratamentos: endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos e nutricionistas

Já fui em pelo menos três ou quatro consultórios de endocrinologistas para fazer tratamento. Todos eles me consultaram medicamentos para a minha ansiedade e também para controlar meu apetite e também me passaram dietas bem puxadas para serem seguidas.

Em duas vezes, obtive sucesso. A primeira foi antes de engravidar da minha filha entre 2004 e 2005, que emagreci aproximadamente vinte e quatro quilos. A segunda vez, foi em 2009 para 2010 quando minha sobrinha fez 15 anos e eu quis emagrecer para me sentir bem e bonita na festa. Nessa ocasião, emagreci cerca de vinte quilos.

O que mais me fascinava quando procurava os médicos e tomava os medicamentos, é que eu conseguia fazer as dietas rigorosas sem sofrer tanto e ainda emagrecia muito rapidamente, mas o que eu não percebia, é que toda vez, engordava um pouco mais.

Chegou um ponto que eu não quis mais tomar nenhum tipo de medicamento para obter resultados. Eu realmente tinha o desejo de fazer isso acontecer de uma forma mais natural, mas a maior parte das minhas tentativas foi um fracasso.

Em um mês eu estava de dieta, no mês seguinte comia o dobro e por aí ia... sem contar, as diversas “crises de pelanca” que tive. Eu ficava sem comer o que tinha vontade, não demorava muitos dias para eu cair em um choro compulsivo e me desesperar. Então, para me acalmar, lá ia eu comer tudo o que via pela frente.

Cansada de ter crises e crises de ansiedade, de me passar mal, de me sentir mal, de chorar horrores e descompensar tudo na comida, decidi procurar ajuda psiquiátrica. Algumas pessoas riram e falaram que eu era muito radical e que não tinha necessidade de tudo isso, mas, para mim, eu sabia que era algo sério e o quanto eu sofria.

Fui ao primeiro consultório, falei algumas coisas, mas não consegui desabafar, o médico não me deixou falar nem um terço do que eu realmente gostaria. Sai um pouco frustrada, mas com um receituário em mãos e com o diagnóstico que eu já sabia: ansiedade com um leve quadro depressivo, algo do gênero.

Tomei os medicamentos por um mês, mas não estava bem, então decidi ir a outro psiquiatra. Desta vez, foi diferente, ele me deixou falar, mas até certo ponto, então ele me interrompeu e disse que eu tinha hipomania, síndrome do pensamento acelerado, ansiedade e por aí vai.

Substituí os medicamentos de um psiquiatra pelo outro e foi horrível. Os medicamentos me faziam muito mal, além disso, eu ficava “lesada” como se estivesse em um estado de transe. Eu passava mal do estômago, sofria muitos enjoos, sentia tonturas e fiquei apática, triste, minha alegria havia ido embora.

Mas, nessa época, eu já estava frequentando as sessões com o psicólogo e ele me ajudou muito em todo esse processo. Identificou que os diagnósticos do psiquiatra não deveriam ter sido esses, ou seja, eu não sofria de todas essas coisas!

Decidi desmamar do medicamento por conta própria, porque quando fui ao consultório conversar com o psiquiatra, ele disse que não autorizaria que eu parasse com os medicamentos, porque eu era louca! Sim, ele falou isso e muito mais! Falou que eu sempre seria a palhaça da turma, que eu era louca, que tinha problemas psicológicos e mentais e que, aos cinquenta anos, meu cérebro viraria 
carvão porque eu penso no dobro da velocidade de uma pessoa normal.

Não discuti com o médico, também nunca mais voltei lá, fui desmamando aos poucos dos medicamentos, com muito medo dos sintomas, mas no fim deu tudo certo! E conforme eu conversei com o meu psicólogo, cheguei à conclusão que eu tenho apenas o meu colorido diferente! Sou um pouco acelerada e penso muito eu sei, mas não quero mudar isso, porque é isso tudo que me torna quem eu sou! Tenho que me aceitar e ser feliz!

Hoje, após bastante tempo frequentando as sessões de terapia, sinto-me bem mais tranquila e consegui vencer uma das minhas maiores dificuldades: a compulsão alimentar. É verdade que eu sempre tive ansiedade e que ainda tenho um pouco, mas que está bem controlada hoje em dia, graças a Deus e ao auxílio do meu psicólogo.

Em relação às idas e vindas aos diversos consultórios de nutricionistas que passei, o que eu posso dizer é que se não está disposto a fazer reeducação alimentar, esqueça! E também aprendi que o dia do lixo, não é um dia inteiro e sim uma refeição e que ainda assim, não é para comer nessa refeição o que você comeria a semana toda!

Eu estou fazendo acompanhamento com nutricionista há alguns meses e estou satisfeita, mas só consegui levar a sério, porque estou cuidando do meu emocional, isso é o mais importante em uma reeducação alimentar.

Vou dizer que não sigo à risca o que ela me passou, ou que não existe um cardápio mágico, mas que isso no começo ajuda muito, para te dar um norte. Eu fui aprendendo a ter noção no dia a dia. Nos primeiros meses, dei umas escorregadas, comi um pouco mais do que deveria, mas depois fui entrando nos eixos.

Algo que me ajudou bastante, além do cardápio da nutricionista, foi um programinha chamado My Fitness Pal que instalei no meu celular que conta as calorias dos alimentos que você ingere. Ah, muito importante, eu também comecei a praticar exercícios!  

Espero ter ajudado um pouquinho, contando algumas de minhas experiências... para cada pessoa, funciona de um jeito, às vezes o que deu errado para mim, funcione para você e vice-versa!

Até o próximo post!

Beijos!



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