Pré-diabetes e Esteatose Hepática

Descobri que tinha esteatose hepática (gordura no fígado) por um acaso, fazendo uma bateria de exames, por causa da minha gastrite. Foi em um ultrassom, no ano de 2012. Na época, eu fiquei um pouco assustada, pensei em mudar de hábitos, mas logo isso foi por água abaixo. Eu me lembro que a médica me alertou que a esteatose poderia se tornar futuramente uma cirrose e que eu poderia desenvolver diabetes por causa disso.

Fiquei pensativa por uns dois ou três meses, mas logo me mudei de São Paulo para Londrina e começaram as comilanças e festas, etc... e me esqueci da saúde. Até que, meu marido se preocupou com a saúde dele e fez uma cirurgia bariátrica, reduzindo 76 quilos. (o post detalhado sobre o caso dele está nessa seção do blog).

Mesmo ele tendo essa mudança radical, eu ainda não estava totalmente convencida a mudar de hábitos e nem pensava muito em minha saúde. O primeiro impulso que me fez tomar uma decisão de me matricular em uma academia, procurar uma nutricionista e tentar fazer algo, foi a aparência física.

Ele estava ficando mais bonito, com a autoestima mais elevada e feliz, enquanto eu estava ansiosa me afundando em porcarias e não estava gostando daquilo que via no espelho. Eu colocava mil peças de roupas antes de sair de casa e em todas, eu me sentia um colchão amarrado!

Até que comecei a ver resultados e tomar jeito, fiquei muito feliz e isso me motivou. Porém, passei por alguns momentos de muito estresse durante o ano, como um grande evento do meu trabalho e também o falecimento do meu cunhado, que voltei a comer descompensadamente e parei com os exercícios.

Até aí, não tinha engordado nada, então já estava relaxando novamente, porém fui ao médico fazer um check-up e descobri que estava com pré-diabetes e que minha esteatose ainda estava lá, vivinha e bem alimentada!

Eu fiquei chocada, mas tentei não chorar. Fiz o possível para ser forte, porque eu tinha horror a ideia de nunca mais poder comer livremente o que eu quisesse, sem sofrer sérias consequências. Como eu me privaria de comer minhas tranqueiras? Me sentir sufocar... mas guardei isso comigo e aceitei a situação, afinal, se eu não tivesse comido o suficiente para 100 anos em 30, isso não teria acontecido. 
A culpa era só minha e pronto.

Tentei segurar a onda, até que entrei em um mercado junto com meu marido e comecei a olhar todas as prateleiras. Aquelas cores, aqueles sabores, aquelas delícias... não eram mais para mim... comecei a chorar e foi aí que minha fortaleza desabou...

Entendi que existem produtos diet e depois conversando com o médico, entendi também que eu poderia comer um doce ou algo do gênero em uma festa, por exemplo.

De qualquer forma, isso me aliviou um pouco, mas ainda fiquei triste em saber que nada seria como antes e que a partir dali, eu teria duas escolhas, cuidar da saúde, ter uma vida de qualidade para poder ver minha filha crescer e conhecer meus netos ou comer e não estar nem ai, podendo morrer cedo ou pior, ter uma vida cheia de complicações.

Parece exagero quando falo, soa como algo drástico, mas é isso tudo mesmo! Eu falo, por vários exemplos que vi acontecer, inclusive dentro da minha família. Como infarto fulminante, amputação de perna por causa da diabete, entupimento de veias e por aí vai uma longa lista...

Eu senti como se a vida estivesse dando uma chacoalhada em mim, como se fosse uma última chance! Uma última chamada para Mayara!

E foi aí, que eu realmente comecei a controlar melhor a minha alimentação e a colocar a minha saúde em primeiro plano!

Pessoal, fica a dica, sempre que puderem, pelo menos uma vez ao ano, façam check-ups e se algo der alterado, cuidem-se o quanto antes! Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar!

Até o próximo post!

Beijos!

*Para entender a história completa, leia todas as postagens em:

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